Após episódio de TVP aguda a resolução completa ocorre em aproximadamente 20% dos pacientes. Em outros, pode ocorrer ausência de recanalização ou recanalização parcial e/ou colateralização.
Algumas vezes, é difícil distinguir a TVP aguda de uma crônica. O trombo agudo tende a ser hipoecóico e expandir o diâmetro da veia (maior do que a da artéria adjacente). O trombo crônico geralmente aparece irregular, excêntrico, ecogênico, com a veia geralmente contraída, e menor do que a artéria adjacente, entretanto, há uma superposição na aparência ultrassonográfica.
Espessamento da parede da veia, calcificação, redes ecogenicas ou sinéquias dentro do vaso e vasos colaterais serpiginosos sugerem trombos crônicos, embora canais colaterais possam desenvolver-se de modo relativamente rápido. Qualquer episódio de TVP aumenta o risco de recorrência da trombose, esses pacientes podem desenvolver TVP aguda superposta a crônica, o que torna a diferenciação extremamente difícil.
Felizmente, esse cenário clínico é raro. É útil obter um estudo basal após o término da terapia de anticoagulação, já que a identificação do trombo em uma nova localização é o melhor indicador isolado de que uma TVP aguda está presente em um paciente com sintomas recorrentes. Além disso, vários estudos recentes sugerem que a documentação de uma TVP residual ou persistente pode ser extremamente útil no tratamento do paciente. Um estudo publicado por Siragusa e colaboradores sugere que se uma repetição do exame de ultrassom após 3 meses não documentar TVP residual, a anticoagulação pode ser interrompida com o risco muito baixo de recorrência.
De forma inversa, para Pradoni e colaboradores publicaram que a extensão da duração da terapia de anticoagulação em pacientes com evidência de TVP persistente em uma ultrassonografia de acompanhamento após três meses de terapia reduziu o índice de TVP recorrente.
