Ergonomia na ultrassonografia – Cartografia Vascular

Ergonomia na ultrassonografia

Permanecer muito tempo na mesma postura, numa posição fixa, seja sentado, em pé ou deitado, é muito prejudicial para o sistema músculo-esquelético, especialmente quando há contratação inadequada ou ergonomicamente desfavorável em algum segmento do corpo. Nos primeiros artigos escrever nesse risco é de 1713, escrito por Bernardino Ramazzini,  com o título  “Doenças dos Trabalhadores”.

A literatura demonstra Associação de lesões músculo-esqueléticas com atividades que realizam movimentos repetitivos O que mantém o posturas estáticas e ou inadequadas sobrecarregando músculos e articulações específicas do corpo. Isto tem aumentado de maneira crescente nos últimos quarenta anos os gastos diretos e indiretos com tratamento dessas lesões.

Apesar de a ultrassonografia ser um método diagnóstico e amplamente empregado no Brasil desde a década de 1970, os avanços na ergonomia e na prevenção de lesões ocupacionais ainda não são amplamente divulgados e adotados no país. Objetivo aqui é conscientizar os ultrassonografistas sobre a possibilidade de lesões músculo-esqueléticas ao longo do tempo e sugerir medidas preventivas que os que as minimizem.

Fatores de risco

Diversos fatores de risco estão relacionados com desenvolvimento de lesões, destacando-se :

  1.  Constituição genética, como ocorre em mulheres que apresentam maior fragilidade muscular e articular.
  2.  Estresse físico e emocional relacionado com número crescente de exames e aumento da jornada de trabalho.
  3.  Sono, já que durante a fase do sono REM que o tônus muscular diminui consideravelmente e ocorrem descanso e restabelecimento das fibras musculares.
  4.  Ausência de atividade física regular, já que faz as varreduras e compressões com o transdutor, considera-se que o ultrassonografista deve ser capaz de levantar pelo menos 13 kg de peso.

Mecanismos das lesões
De forma resumida, o desequilíbrio muscular gerado pelos movimentos repetitivos e inadequados leva à formação de pontos de contratura muscular e também sobrecarga das articulações, gerando microtraumas que acarretam dor, cujas áreas mais afetadas são:  ombro (84%);  pescoço (83%); punho (61%); região lombar (58%);  e mãos (56%).

Este processo ocorre na cintura escapular bilateral, pois o braço e o ombro que não realiza o exame também são afetados durante a manipulação do aparelho. Como exemplo, uma pesquisa para mensurar a atividade muscular do trapézio superior esquerdo, por meio da eletromiografia, demonstrou que em exame de Doppler dos membros inferiores com duração de 34 minutos realizam-se, em média, 46 repetições dos movimentos para acessar o painel do aparelho, 30 movimentos para congelar a imagem do núcleo, 91 movimentos para descongelar a imagem e 42 movimentos para limpar e imprimir fotos.

Apesar de a ultrassonografia ser um método diagnóstico amplamente empregado no Brasil desde a década de 1970, os avanços na economia e na prevenção de lesões ocupacionais ainda não são amplamente divulgados e adotados no país. O objetivo desses  comentários é conscientizar ultrassonografistas sobre a possibilidade de lesões músculo-esqueléticas ao longo do tempo e sugerir medidas preventivas que as minimizem.

Dicas importantes

  1.  Aproxime-se do paciente, de modo a evitar se curvar sobre o mesmo.
  2.  Aproxime o teclado para que os controles fiquem acessíveis, sem necessidade de hiperextensão dos braços.
  3.  Mude a posição do paciente para se adequar a sua.
  4.  Ajuste a altura da maca reduzindo a necessidade de se curvar para alcançar o paciente.
  5.  Posicionar monitor à sua frente de modo que a sua visão fique horizontalizada na parte superior do monitor ou no limite superior da imagem do exame.
  6.  Mantenha punho em posição neutra e sem desvio durante a realização do exame e enquanto digita.
  7.  Trabalhe com os braços junto ao seu corpo já que abdução do braço maior que 30 graus, por períodos prolongados reduz o fluxo sanguíneo para os músculos do ombro e tendões.
  8.  Escolha uma cadeira confortável com apoio para os pés e coluna lombar .
  9.  Mantenha a saúde músculo esquelética por meio de um programa regular de alongamento, exercícios de fortalecimento, nutrição adequada, controle de peso e quantidade adequada de sono.
  10.  Mantenha-se em movimento com posturas de trabalho dinâmicas, contraindo e relaxando a musculatura.

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